Postado por: Maac Gouveia segunda-feira, 19 de novembro de 2012


Essa é mais uma coluna do blog. Tal qual a Brasilivros que conta a história de clássicos literários brasileiros, divididas nas regiões, o Volta ao mundo em 80 livros contará a história de vários livros (clássicos ou não) nos mais diversos países. A ideia é que sejam oitenta livros, como diz o título baseado na grande obra de Júlio Verne, mas vai que passe dessa meta...

Inglaterra, 1599 e 1601.
William Shakespeare.
Hamlet

Você pode não ter lido essa obra tão importante na literatura, mas certamente você já ouviu a frase "Ser ou não ser, eis a questão" ou talvez algo parecido como "Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia". Essas duas frases são do livro de Hamlet, conhecido mundialmente, do inglês William Shakespeare.

Hamlet, personagem que dá nome a obra, escrita em forma de teatro, é o príncipe da Dinamarca. É considerado como louco, devido a alguns fatores e acaba cometendo atos que não são muitos corretos. O livro trata sobre traição, morte, incesto, corrupção e moralidade. Aqui, nessa análise da obra - que não chega a ser uma resenha - falarei sobre os crimes cometidos por ele, assumindo uma temática defensora, no meu ponto de vista.


Num dos pontos do livro, há a procura pela razão disso, uns acreditam que é por causa do amor inicialmente não correspondido por Ofélia, mas depois é percebido que é pela morte de seu pai, mais precisamente após sua mãe, Rainha Gertrudes, casar-se com o seu tio agora rei, Cláudio. Uma das passagens do livro que comprova a falta de sanidade de Hamlet é a que Polônio conta:

Vou ser breve. Vosso filho está louco; sim, é o termo mais acertado; pois em que consiste a loucura, senão em sermos loucos? Que seja. (...)Que é louco, é certo; é certo e mete pena.”

Talvez esse seja o ponto de defesa mais importante que possa “anular” os crimes de Hamlet. Primeiramente, um dos crimes não é considerado verdadeiramente como crime, mas sim como legítima defesa. Quando o rei manda uma carta para Inglaterra ordenando a morte de Hamlet, mas ele descobriu antes de chegar lá e colocou os nomes de Rosencrantz e Guildenstern, fazendo assim com que eles morressem em seu lugar. Ou seja, legítima defesa antes do acontecimento.

“A vista é pavorosa. Chegamos atrasados; surdos se acham os ouvidos que
audiência deveriam conceder-nos, a fim de lhes contarmos da execução de seu mandado: mortos se encontram Rosencrantz e Guildenstern. Quem há de agradecer-nos?”

Além desse “crime”, Hamlet também poderia ser condenado pela morte de Polônio e de Cláudio. A primeira morte foi causada sem saber quem era que estava matando. Pois Hamlet matou Polônio, pai de Ofélia, achando que o mesmo era o rei. Segue o fragmento que comprova:

“Adeus, mísero tolo intrometido! Tomei-te por alguém melhor; a sorte te castigou por seres tão solícito.”

Já a de Cláudio é inegável, não há tanta defesa a não ser loucura e vingança, quando o golpeou com a espada envenenada. Loucura por que em vários fragmentos, como o já citado anteriormente, comprovam a loucura do príncipe. Vingança por o tio ter matado o próprio pai para ficar com o trono e depois com a mãe de Hamlet, Gertrudes. Esses talvez sejam os motivos dos quais seja plausível a defesa de Hamlet.

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