Postado por: Allana (: quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

SiloLivro: Silo
Série: Silo
Editora: Intrínseca
Autor: Hugh Howey
Páginas: 512

Sinopse: Em uma paisagem destruída e hostil, em um futuro ao qual poucos tiveram o azar de sobreviver, uma comunidade resiste, confinada em um gigantesco silo subterrâneo. Lá dentro, mulheres e homens vivem enclausurados, sob regulamentos estritos, cercados por segredos e mentiras. Para continuar ali, eles precisam seguir as regras, mas há quem se recuse a fazer isso. Essas pessoas são as que ousam sonhar e ter esperança, e que contagiam os outros com seu otimismo. Um crime cuja punição é simples e mortal. Elas são levadas para o lado de fora. Juliette é uma dessas pessoas. E talvez seja a última.

  No meio de uma avalanche de livros distópicos no mercado literário, Silo foi uma grande surpresa e considero uma das melhores distopias atuais. Este livro é o primeiro de uma trilogia ( o que já está sendo algo normal os autores dividirem suas histórias em três partes), sendo que o segundo volume a Intrínseca ainda irá lançar este ano.
  
  O nome do livro vem da edificação que é o ambiente onde se passa a história. O silo é um prédio subterrâneo que possui mais de 140 andares, ele foi construído para abrigar pessoas no meio de uma terra pós-apocalíptica. Estas pessoas não podem ter acesso ao lado de fora deste Silo, pois as condições do planeta causariam a morte dela, porém elas conseguem vislumbrar o exterior através de janelas. No entanto, com o tempo estas janelas precisam de limpezas se não a imagem fica completamente embaçada. Para que isto não aconteça, são mandados para fora da edificação, infratores de alguma lei grave. Nesta limpeza, este indivíduo é vestido com um traje especial para evitar que os gases tóxicos matem instantaneamente. No lado de fora, esta pessoa limpa todas as janelas e momentos após esta tarefa acaba morrendo. O estranho é que antes de ser mandada para fora, ela afirma que não vai fazer a limpeza.

  Além deste procedimento, a sociedade regente é bem rígida. Nela cada pessoa tem sua função, sendo que também tem sua sombra que são jovens que seguem ela durante seu trabalho para poder aprender a profissão. A natalidade é controlada por meio da loteria, onde os casais depositam seus nomes e a cada loteria são selecionados alguns que podem tentar ter seus filhos.

  No começo do livro, temos a história contada pelo ponto de vista de Holston, o xerife. A sua mulher há três anos pediu para sair do Silo, algo que é considerado um crime muito grave, e foi mandada para a limpeza. Passado estes anos, agora é a vez de Holston pedir para sair, mas neste meio tempo entre o seu pedido e sua saída, temos alguns flashblacks que deixará o leitor bem curioso para saber um pouco mais sobre o que acontece por trás do Silo. 

  Depois da saída do xerife, a prefeita se ver obrigada a renomear outro para o cargo. A surpresa vem da escolha dela. Juliette, uma pessoa da mecânica, um dos setores mais baixos do Silo. Ela no começo recusa o cargo, entretanto após a prefeita e o delegado, Marnes, insistir, Juliette aceita. Porém, ao fazer isto, se joga na teia de segredos que envolve o mundo que ela conhece.

  O grande diferencial de Silo, em relação as outras distopias atuais é o público alvo dele. Ao contrário das outras que tem como público YA - Young Adult (jovem adulto), Silo é um livro do gênero distopia voltado para um público mais adulto, tanto que a personagem principal não é uma jovem, mas uma mulher de 34 anos.

  A narrativa é maravilhosa. É daquelas que você não ver as páginas passando, por exemplo, eu tento uma mania de quando estou lendo faço algumas paradas para ver a página onde estou e quanto falta para terminar o livro, eu também fiz isto com este, só que eu me assustava quando via o número de página que eu já tinha lido em comparação aonde estava a última vez que olhei.  

  Os personagens são bem construídos e conseguiu me cativar, tanto a protagonista como os demais. O pior disto é que a autora segue a linha Martin e gosta de matar seus personagens. Ao longo da história, eu conseguir criar na mente como seria o silo, considero que a maior parte das informações que eu usei para isto foi encontrada no trajeto(enorme) feito pela prefeita e o delegado para chegar no setor da mecânica. No entanto, algo que eu achei raso e não bem construído foi a questão do romance, mas espere, não, você não vai encontrar aqui um triangulo amoroso ou um romance tirado dos livros de Nicholas Sparks, porém ele não me convenceu, pois foi algo muito brusco.

  Uma característica da narrativa de Hugh é a utilização da alternância de ponto de vista sendo possível o leitor ter opiniões de acontecimentos variados. Este é um dos atributo de narração que mais gosto, já que a gente não fica preso em apenas uma visão e isto em livros longos causa uma diminuição do cansaço que o leitor pode ter ao lê-lo.

  O desfecho deixou a pergunta de como ficará o Silo após as revelações, porém ao ler um pouco sobre o próximo volume, fiquei bem contente quando vi que trará partes mostrando o que veio antes deste mundo pós-apocalíptico, o que neste livro foi dado apenas informações superficiais, sem um aprofundamento. 

  Ao contrário de alguns leitores, eu realmente achei que o livro conseguiu atingir um bom potencial. Estou realmente curiosa para ler o próximo volume, mas tento não criar uma alta expectativa, pois isto nunca é algo bom. Os direitos de Silo foi comprado pela 20th Century Fox.

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